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domingo, 9 de agosto de 2015

PONTO CEGO: ONDE ESTÃO AS NOSSAS RISOTAS?

Se sábado há tempo para se ler e refletir, o que dizer de domingo?

Não creio que haja o menor resquício de dúvida, - nem mesmo na reduzida mente dos detratores do óbvio - que Risota talvez tenha vindo a ser, uma das mais importantes reprodutoras de nossa história de criação, em cavalos de corrida. Quem discordar, e tenha outro nome, que seja bem vindo em trazer a meu conhecimento.

Reconhecidamente matunga no mais alto grau de significação que este termo possa ter, sua excelência no breeding-shed, é irrefutável. Diria até, que só comparável a sua espetacular sanidade, provada no simples fato de em 19 anos, ter produzido 18 produtos registrados.

Não é por coincidência, ou mesmo obra do Espirito Santo, que Risota veio a ser o que foi. Sua mãe a importada à França, Duna foi em minha concepção, uma das mais importantes importações de nossa história. Afinal era uma Djebel, numa Gainsborough neta da grande fundadora de raça, Zariba. Um pedigree, que acredito ser hoje quase impossível de pisar em nosso território. Imaginem se trazer uma Danehill, em mãe Sadlers Wells, sendo esta última, uma neta de Fall Aspen...

Tendo como base de estudos de sua descendência aqueles que ganharam provas de grupo ou se colocaram até terceiro lugar em provas de graduação máxima, posso afirmar que seu resultado é difícil de ser igualado. Mas igualmente estarrecedor, se levarmos em consideração sua curva de desempenho. Foram cinco os seus filhos ganhadores de grupo. Oito os seus netos, 12 os seus bisnetos, outrossim, cinco seus tataranetos e ela hoje é a quinta mãe de apenas um ganhador de grupo. O que isto sugere? Que a frondosa árvore de Risota está se extinguindo, se não já morreu.

Desculpem a fraqueza, mas nós somos podadores natos. Grandes matriarcas mantém o crescimento de suas árvores. Mas para tal, elas necessitam da ajuda de reprodutores que não cerceiem seus respectivos crescimentos.  Isto é condição básica. Partindo de uma nomenclatura, totalmente particular, eu diria que na vida de Risota houveram, - como de qualquer outra égua - grandes reprodutores, reprodutores médios e eletricistas. Sendo estes últimos, aqueles seres horrendos, capazes de cortar a corrente de transmissão.

Mínimo parênteses. O termo eletricista, muito apropriado a meu ver para rotular certo tipo de garanhão, foi por mim ouvido pela primeira vez, da boca do agente Ayrton Soares. Fecho o parênteses.

Como citei anteriormente, em nossa criação temos a grande capacidade de eliminar - com o passar do tempo - fontes de alta capacidade de transmissão de classe, que em outros países seriam inesgotáveis. Penso que nem Pretty Polly manteria-se viva em território nacional, se aqui tivesse seu início reprodutivo. Logo, este desperdício não acontece apenas com os os grandes raçadores que por aqui passaram. Com as matriarcas, sucede-se o mesmo. E pelo simples fato das pessoas não levarem em consideração algo que uma vez ouvi de Paul Mellon. Ele não admitia em seus pedigrees, cavalo algum que não tivesse um alto índice de classicismo, principalmente em sua capacidade de transmissão. Chegava ao extremo de se desvencilhar de éguas - para muito valiosas - por ter a presença de A, B, ou C, que um dia ele acreditara, mas que provara a ele, não ter este classicismo que exigia. Ótimo para quem assim o possa fazer.

Mais um parênteses. Conceituo grau de classicismo, ao percentual concebido na divisão do número de individuais ganhadores de grupo produzidos por um determinado garanhão, pelo número de produtos dele, em idade de corrida e que já tenham completado a temporada dos três anos. E no caso do Brasil, faço também em relação aos ganhadores de prova de graduação, 1, já que elas são as únicas que podem espelhar a supremacia da classe. Mas isto não é assunto a ser tratado nesta nota, por isto fecho parênteses.

Earldom II, por mais de uma oportunidade salvou Risota e algumas de suas filhas das garras dos Daddy Rs da vida. Por sua vez Choctaw Ridge, Candy Stripes e Royal Academy, foram capazes de fazer reviver até uma Norwegian filha da excepcional Mignon, uma reprodutora - que diga-se de passagem - deve muito de seu sucesso, a Henri le Balafre. Que para mim é um feito, que deve ser também digno de nota.

Quem foi Earldom II? Um Princequillo cuja nacionalidade é ainda discutida, pois, a gente que afirme que na verdade ele nasceu no Canadá e não nos Estados Unidos, mas que em pista foi um mero ganhador de três carreiras em 13 tentativas. Há uma corrente que afirma, que ele foi trocado por um punhado de bois. Não me interessa, onde nasceu e como aqui chegou no ano de 1968. O que hoje posso afirmar e que ele nos deixou um legado de 201 produtos dos quais 18 ganharam provas de grupo, perfazendo assim um percentual de 8,95% de aproveitamento, naquilo que rotulo como índice de classicismo. O maior na escala, entre aqueles que produziram pelo menos 200 produtos registrados. Outrossim, ele também o é o segundo dentro daquele outro conceito que prego, como um índice de alto grau de classicismo, com 11 individuais ganhadores de de graduação máxima. O índice foi de 5,47%. Foram três ganhadores de grupo, sendo dois de graduação máxima, descendentes de Risota, por via materna.

Ai fica aquela sempre dúvida. Quem primeiro veio, o ovo ou a galinha? No turfe esta dúvida me assola. Quem foi a força motriz, Earldom ou Risota? De Risota entre filhos e descendentes, existem no turfe brasileiro da era das Pattern Races, nada menos que 30 individuais ganhadores de grupo. Destes apenas três, não possuem em seu pedigree a presença de Earldom II. Não parece a vocês uma sinuca de bico?

Como imaginar, que o último descendente de Risota a ganhar uma prova de grupo - de graduação mínima - o fez em 2013. E olha que acredito ser Sul Blue, a única fêmea de Sulamani a conseguir um feito em prova graduada no planeta terra. Vejam a força de Risota, que ainda por cima teve que vencer uma mãe filha de Tandoro Dancer. Qual teria sido o último ganhador de graduação máxima descendente de um dia caracterizada como uma formadora de ganhadoras do Diana? Não tive a pachorra de procurar, mas de uma coisa tenho certeza: não foi neste século.

Fui a um leilão e comprei um cavalo chamado Imperialista. Tinha um fisico espetacular, mas era filho de Voando Baixo numa mãe Be My Chief, que por incrível que possa parecer, foi entre os elementos que compõem a história de nossos shuttles modernos, um dos quatro de melhor percentual de transmissão de classicismo. Seu pai Voando Baixo era um descendente direto de Risota e sua mãe Zarumba Bis, uma filha de Arumba. Que encontro de matriarcas por linhas maternas ! Funcionou. No Brasil colocou-se em provas de grupo, mas graduando-se fora de nossa fronteiras, veio a ser vendido, para interesses maiores, por nada menos que sete dígitos em dólar. Hoje é reprodutor no Paquistão !

Diria que deveríamos tratar nossas linhas maternas com um maior carinho, já que para se trazer e mesmo se utilizar elementos formadores do quadrante superior, está cada dia mais inviável, por razões econômicas. E para tal temos que dar mais valor ao percentual de classicismo exalado por cada reprodutor escolhido a penetrar nestas famílias. Não podemos mais nos dar ao luxo de 
continuarmos a perder, a cada geração, o potencial genético existente em um pedigree, pois, isto, meus caros amigos, é o início do fim de qualquer família. Aos eletricistas, apenas um destino, a morte!

RISOTA (1958)
.....Windy Day (1963 - Sandjar)
..........Faux Amour (1968 - Daddy R)
...............LAPIS LAZULI (1975 - Earldom II)
...............Queline (1980 - Earldom II)
....................BORN FAXINA (1987 - Van Houten)
...............STEP BY STEP (1982 - Earldom II)
..........JUST HALF (1973 - Earldom II)
...............SET BLUE (1984 - Seattlement Day)
.....Apple Tart (1964 - Sandjar)
..........Quibomba (1980 - Figuron)
...............Unexpected (1984 - Earldom II)
....................Vale Mais (1977 - Irish Fighter)
.........................QUANTO MAIS (2005 - P.T. Indy)
....................VOANDO BAIXO (1994 - Ariosto)
.....Bobolina (1965 - Sandjar)
..........JUST SO (1974 - Earldom II)
.....CLOUET (1966 - Ogan)
.....DRAMBUIA (1967 - Daddy R)
..........ONLY ONCE (1978 - Earldom II)
.....Esta ai (1968 - Ogan)
.....FIDDLESTICKS (1969 - Earldom II)
.....Gargantua (1970 - Earldom II)
.....HELLO RISO (1971 - Earldom II)
..........O MAIOR (1978 - Tratteggio)
..........QUICK AS THUNDER (1980 - Eylau)
..........Ri Sempre (1981 - Executioner)
...............DRUM AND DRAM (1989 - Rabat)
...............FRANZ POST (1991 - Khatango)
..........SO HAPPY (1982 - Executioner)
.....It Happened (1972 - Daddy R)
..........Noble Lady (1977 - Earldom II)
...............LAUTREC-DA-TOCA (1986 - Red Cross)
.....Kingfisher (1974 - Earldom II)
.....Lucky and Fast (1975 - Earldom II)
.....Mignon (1976 - Earldom II)
..........QUINTUS FERRUS (1980 - Henri le Balafre)
..........THIGNON LAFRE (1987 - Henri le Balafre)
..........Unorwegiana (1988 - Norwegian)
...............ANNEX RIDGE (1994 - Choctaw Ridge)
...............LA RISOTA (2000 - Candy Stripes)
...............MADE IN BRASIL (2001 - Royal Academy)
..........Xenry de Malurica (1990 - Henri le Balafre)
...............Blue Xenry (1995 - Tandoro Dancer)
....................QUEEN DANZ (2001 - Shudanz)
....................SUL BLUE (2008 - Sulamani)
...............LADY CRISTAL (1997 - Midnight Tiger)
.....Nossa Joia (1977 - Earldom II)
.....Open Fire (1978 - Earldom II)
.....Peanut Girl (1979 - Earldom II)
..........Play Jazz (1986 -Kelele)
...............PLAY VIOLIN (1997 - Jade Hill)
..........Paris Life (1988 - Thundering Force)
...............PARIS ZANA (1998 - Choctaw Ridge)
....................PARIS-IT (1993 - Astor Place)
.....Quebra Cabeça (1980 - Henri le Balafre)
.....RABAT (1981 - Tratteggio)

Não confundam aqui o que chamo de percentual de classicismo com que a excelente página do Stud Book apresenta como o percentual de ganhadores em Provas principais. Para mim, as provas fundamentais no Brasil, são as de grupo. E acima delas as de grupo que tenham graduação máxima, pois estas últimas sim representam o que de melhor criamos, ou em alguns casos, o menos pior. Nossas listeds e provas especiais, na verdade nada representam, se não houver uma confirmação posterior, por parte de seus vencedores em provas de grupo, principalmente na área de graduação máxima.

Sei que conceitos cada um tem. É como opinião ou mesmo nariz. Cada um tem o seu ou a sua. Mas analisem os vencedores do Brasil e os comparem com aqueles que só ganharam provas especiais e listeds, e tomarão conhecimento da grande diferença que os separa.

Tentei deixar isto mais claro, durante o decorrer da semana passada, mais precisamente na quinta-feira, da forma que aprendi e acredito saber: Por meio dos frios números estatísticos. Está lá. Procurem que vocês vão achar. 


EVITEM OS ELETRICISTAS
CAPAZES ATÉ DE TIRAR RISOTA
DAS LINHAS MATERNAS 
DE NOSSOS GANHADORES DE GRUPO

FAÇAM COMO PAUL MELLON
OS ELIMINE DE SEUS PEDIGREES